Actinomicose em Suínos



É uma doença granulomatosa, supurativa, crônica e local ou sistêmica que afeta uma larga variedade de animais domésticos e, raramente, animais silvestres.

Os agentes causadores incluem a Actinomyces bovis, a A. viscosus (isolada primeiramente a partir de placas gengivais de hamsters com periodontopatias, mas hoje conhecida como um patógeno importante de cães, e em menor grau, de suínos e caprinos), a A. hordeovulneris e a A. suis. Ainda não se decidiu a classificação taxonômica exata dessa última espécie. Isolou-se a Actinomyces bovis apenas a partir de infecções bovinas. Ocasionalmente, podem-se isolar tipos predominantemente humanos, tais como a A. israelii, a partir de lesões em outros animais. Têm-se isolado várias espécies (A. denticolens, A. howellii e A. slackii) a partir da placa dentária bovina, mas não se determinou o seu potencial patogênico.

ACTINOMICOSE EM SUÍNOS

A Actinomyces suis (e a A. bovis?) causa uma mastite supurativa e granulomatosa crônica primária. Os pequenos abscessos no úbere contêm um pus amarelado, viscoso e coesivo circundado por uma larga zona de tecido conjuntivo denso. Como nos bovinos, os grânulos mineralizados amarelados se disseminam por todo o pus. Alguns dos abscessos mais profundamente localizados se rompem e drenam exsudato através de fístulas. Podem-se observar grandes ulcerações cutâneas granulomatosas e irregulares na abertura das fístulas. Observam-se nódulos ou abscessos granulomatosos por baixo da pele do abdome. Ocasionalmente, a A. suis causa uma infecção generalizada com nódulos piogranulomatosos por todo o pulmão, baço, rins e outras vísceras.

O prognóstico é ruim, já que uma ou mais mamas se encontram destruídas e a infecção não responde favoravelmente à quimioterapia. Freqüentemente, deve-se excisar a glândula mamária infectada para se salvar a vida da porca e torná-la aceitável para o abate.
À inspeção devem ser condenadas as carcaças que apresentem lesões generalizadas de actinomicose ou actinobacilose.

Faz-se rejeição parcial nos seguintes casos:

1 - quando as lesões são localizadas, sem complicações secundárias e o animal se encontra em boas condições de nutrição. Neste caso a carcaça deve ser aproveitada, depois de removidas e condenadas as partes atingidas;
2 - são condenadas as cabeças com lesões de actinomicose, exceto quando a lesão maxilar é discreta, estritamente localizada, sem supuração ou trajetos fistulosos;
3 - quando a actinomicose é discreta e limitada à língua, interessando ou não os gânglios linfáticos correspondentes, a cabeça pode ser aproveitada, depois da remoção e condenação da língua e seus gânglios.(2)

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