Esquema Oficial De Trabalho Nas Linhas De Inspeção de Suínos



"LINHA A I" - INSPEÇÃO DA CABEÇA E NODOS LINFÁTICOS DA "PAPADA“

Fase preparatória:
a) incisão ventral mediana da região cervical desde a entrada do peito até a região ventral anterior do corpo da mandíbula;
b) abertura e debridamento da "papada" de maneira a expor os músculos masséteres e pterigóideos (músculos mastigadores) a nodos linfáticos regionais;
c) libertar a língua, faringe, laringe, hióide e tecidos circunvizinhos de suas ligações, deixando-os presos apenas pelo freio lingual.

Técnica de Inspeção:

Da Cabeça:
        a) examinar visualmente todas as partes do órgão e cavidade bucal e nasal;
b) incisar sagitalmente os masséteres e pterigóideos praticando incisões extensas e profundas de modo a oferecer o máximo de superfície à exploração de cisticercose e sarcosporidiose;
     c) incisar no sentido longitudinal, os nodos linfáticos parotídeos e as glândulas parótidas, acompanhando sempre com a vista, atenciosamente a penetração progressiva do fio da faca na parte objeto de exame, para melhor encontrar e localizar as lesões, norma que deve ser sistematicamente seguida no exame de qualquer peça por incisão à faca, a exemplo principalmente da pesquisa de cisticercose e sarcosporidiose abordado na alínea "b" acima;
        d) observar a cor das mucosas;
        e) marcar com chapas vermelhas "tipo 1“ no preciso local, a lesão que for verificada.

Dos Nodos Linfáticos da "Papada":
        a) examinar externa e internamente de forma visual buscando encontrar possíveis lesões, verificando a coloração do tecido adiposo da região cervical;
        b) incisar longitudinalmente os nodos linfáticos cervicais, retrofaríngeos e mandibulares, usando faca e gancho de inspeção;
        c) marcar com chapas vermelhas "tipo I“ o preciso local de lesões observadas.


"LINHA A " - INSPEÇÃO DE ÚTERO

É realizada junto a evisceração, em mesa fixa dotada de bandejas que possibilitem esterilização.

Fase preparatória:
Retira-se o útero na pré-evisceração e coloca-se na bandeja apropriada onde se executa a visualização e palpação, visando detectar metrites, masceração ou mumificação fetal, adiantado estado de gestação, anomalias ou lesões de qualquer natureza.


"LINHA B" - INSPEÇÃO DE INTESTINO, ESTÔMAGO, BAÇO, PÂNCREAS E BEXIGAS:

É efetuada na "bandeja"de vísceras "brancas" na área de inspeção da mesa de evisceração.

Fase preparatória:
a) retirada do pênis nos machos (verga ou vergalho);
b) abertura abdominal-torácica realizada com faca especial;
c) corte da sínfise pubiana ("osso da bacia"), realizado também com alicate especial para esta finalidade ou através de serra, ou ainda outro equipamento aprovado pelo DIPOA;
d) deslocamento do reto da cavidade pélvica e oclusão por meio de grampos especiais inoxidáveis ou ligadura;
e) retirar e colocar na bandeja específica da mesa de evisceração, as vísceras abdominais (exceto fígado e rins) e a bexiga, numa única operação e sem provocar perfurações nem rupturas do trato gastrointestinal;
f) retirada do omento maior ("rendão") quando se destinam à produção de banha.

Técnica de Inspeção
a)exame visual e através de palpação, fazendo cortes quando necessário, do conjunto constituído pelo estômago, intestinos, pâncreas, baço e bexiga;
b) cortar em fatias os nodos linfáticos da cadeia mesentérica;
c) condenar sistematicamente o conjunto de vísceras acima especificado, quando tiver sido contaminado por conteúdo gastrointestinal, consequente à perfuração ou deficiente oclusão da extremidade do tubo digestivo. Condenar igualmente os intestinos intensamente parasitados (macracontarrincose ou/e esofagostomose). Assinalar no quadro marcador as vísceras condenadas na própria mesa; transferir as anotações para a papeleta "modelo B3";
d) quando se tratar de causa infecciosa (tuberculose, brucelose, peste suína, etc..) assinalar no(s) preciso(s) local(is) da(s) lesão(ões) na(s) víscera(s) em que for verificada qualquer anomalia com chapinha vermelha "tipo 1". Marcar os intestinos com chapinha identificadora numerada "tipo II", valendo esta também para os demais órgãos desta linha os quais serão separados, ao mesmo tempo em que, se notificará as outras linhas da "Mesa de Inspeção" para efetuar-se a marcação do fígado, pulmões, língua e carcaça correspondentes, com as chapinhas indicadoras de número igual ao da que foi aposta no intestino. Encaminhar todas estas vísceras a Inspeção Final.
Nos casos de lesões parasitárias ou contaminação fecal que determinarem a condenação ao nível da "Mesa de Inspeção", será dispensada a identificação com chapinhas, marcando-se a causa no quadro marcador correspondente , procedimento que será válido para as demais vísceras das diferentes "Linhas de Inspeção".


"LINHA C" - INSPEÇÃO DE CORAÇÃO E LÍNGUA

Realizada na "bandeja" de vísceras "vermelhas"na "Área de Inspeção" da mesa de evisceração.

Fase preparatória

Coração:
a) exame visual do coração e pericárdio;
b) incisar o saco pericárdico;
c) examinar visualmente o epicárdio, superfície do coração, sob água morna corrente 38/40ºC (trinta e oito a quarenta graus centígrados), com vistas a pesquisa de cisticercose e sarcosporidiose;
d) fazer a palpação do órgão;
e) destacar o coração dos pulmões, seccionando os grandes vasos da base.

Língua:
a) liberta-se a língua de seu freio, mantendo-a, entretanto, íntegra e aderidos os linfonodos sublinguais, retirando-se as amídalas;
b) colocar com o devido cuidado na bandeja específica da mesa rolante (bandeja de vísceras vermelhas).

Técnica de Inspeção:

Coração
a) incisar longitudinalmente sob chuveiro morno 38 a 40º C (trinta e oito a quarenta graus centígrados) o coração esquerdo da base ao ápice, estendendo esta incisão através da parede interventricular até o coração direito, permitindo desta maneira uma maior superfície de exposição das cavidades atrioventriculares;
b) exame visual do endocárdio e válvulas;
c) nas afecções que normalmente não têm implicações com a carcaça (aderências, pericardites circunscritas, contaminações), o coração é condenado na própria mesa de inspeção e a respectiva causa computada no quadro próprio a menos que outra causa intercorrente justifique o seu desvio para a Inspeção Final (erisipela, por exemplo);
d) nos casos de cisticercose ou sarcosporidiose, proceder de acordo com as  especificações descritas na técnica de Inspeção da língua.

Língua
a) exame visual externo da língua, massas musculares, faringe, laringe, e tecidos adjacentes;
b) palpação do órgão;
c) corte longitudinal profundo na face ventral mediana, para pesquisa de cisticercose e sarcosporidiose;
d) marcar com chapinha vermelha (tipo 1) o preciso local onde foi constatada a presença de cisticercose ou sarcosporidiose, ao mesmo tempo em que se deva comunicar às outras linhas de inspeção para marcação da carcaça e outros órgãos necessários com chapinha de mesmo número, o conjunto deverá ser encaminhado a Inspeção Final.
e) a separação da faringe e laringe


"LINHA D"- INSPEÇÃO DOS PULMÕES E FÍGADO

Fase preparatória:
Retirar os pulmões da cavidade torácica juntamente com a traqueia, esôfago e o coração, fígado e língua e depositar o conjunto em sua bandeja específica na mesa de inspeção.
Retirar o fígado mantendo sua integridade física preservando os nodos linfáticos.
Evitar o rompimento da vesícula biliar o que, casa aconteça implicará na condenação do órgão e demais partes atingidas. Depositar com o devido cuidado o fígado em sua bandeja específica na mesa de Inspeção.


     Técnica de Inspeção

Pulmões:
a) examinar visualmente a superfície dos pulmões, traqueia e esôfago;
b) fazer a palpação;
c) cortar os nodos linfáticos Apical , Brônquicos e Esofágicos em lâminas longitudinais, sem contudo picá-los;
d) incisar os pulmões a altura da base dos brônquios e bronquíolos a fim de permitir a exploração da luz bronquial, que será feita visando verificar o estado da mucosa, constatação de mestastrongilose,  bronquiopneumonia, aspiração de sangue, água ou bronqueopneumonia. Cortar o parênquima quando necessário;
e) condenar os pulmões que apresentem alterações patológicas ou acidentais, sem efetivas implicações com a carcaça, nem com os demais órgãos, tais como bronquiopneumonia, adenites inespecíficas, enfisemas, aspiração de sangue e água, congestão, contaminações etc..;
f) assinalar as condenações no quadro marcador , transferindo os  resultados destas marcações para a papeleta "modelo B3";
g) quando forem encontradas lesões que possam ter implicações com a carcaça e órgãos, proceder com os pulmões exatamente como para o fígado.


Fígado:
a) examinar visualmente as fases do órgãos;
b) realizar a palpação;
c) cortar transversalmente e comprimir os ductos biliares;
d) cortar em lâminas longitudinais (sem picar) os nodos linfáticos da víscera;
e) examinar visualmente e através de palpação a vesícula biliar, incisando-a, se necessário separadamente em local próprio;
f) condenar totalmente ao nível da "Mesa de Inspeção o fígado, ou eliminar suas porções lesadas, conforme apresentem respectivamente, formas difusas ou circunscritas previstas na legislação, das afecções que não têm implicações com a carcaça e com os demais órgãos, tais como: congestão, hidatidose, ascaridiose e Cisticercus tenuicólis, etc.. Nestes casos ,assinalar as condenações no quadro marcador . Condenar os fígados eventualmente contaminados com o conteúdo gastrointestinal;
g) marcar com chapinha cor vermelha, (tipo I) no preciso local da lesão ou lesões, que possam ter implicações com a carcaça e os outros órgãos (tuberculose, peri-hepatite, cerosite ou neoplasias). Identificar a peça e notificar as demais linhas de "Mesa de Inspeção", para proceder a separação e marcação com chapinhas de número idêntico, dos órgãos e carcaça correspondentes, para a remessa à Inspeção Final.

"LINHA E" - INSPEÇÃO DE CARCAÇA:

Fase preparatória
Dividir a carcaça em duas metades ao longo da coluna vertebral, trabalho que será executado através de serra ou outro método aprovado do DIPOA .

Técnica de Inspeção
a) exame visual das porções interna e externa das meias carcaças, verificando o aspecto, coloração, estado de nutrição, pele, serosas abdominal e torácica e superfícies ósseas expostas;
b) verificar se há anormalidades nas articulações e massas musculares, realizando cortes quando necessário;
c) examinar se existem contaminações de origem gastrointestinal ou biliar, contusões, abscessos, hemorragias, edemas circunscritos ou generalizados. Quando as lesões encontradas, ou a área porventura contaminada forem superficiais e localizadas, fazer a condenação das partes atingidas e deixar a meia carcaça seguir o seu trajeto normal. Em caso porém de anormalidade mais pronunciada, desviar a carcaça para a Inspeção Final;
d) observar se há rigidez muscular;
e) examinar, esfoliando com a faca, os nodos linfáticos inguinal superior (ou retromamários) e ilíaco anterior e posterior, evitando excisá-los ou mesmo deslocá-los, em consideração ao interesse das futuras reinspeções;
f) quando for o caso, examinar as glândulas mamárias, incisando-as profundamente, encaminhando-as quando for constatada lactação ou mamites, para a Inspeção Final a carcaça;
g) No caso de animais descartados da reprodução, deve ser feita a pesquisa da cisticercose no diafragma, mesmo que esta parasitose não tenha sido detectada nas demais linhas de inspeção;
h) as carcaças cujas causas de apreensão determinam seu desvio para a Inspeção Final, são marcadas nos locais das lesões com chapinhas vermelhas "tipo 1", colocando-se ainda as chapinhas numeradas "tipo 2", cujo número deve manter a intercorrespondência com as vísceras;
Quando for uma causa de ordem geral como caquexia, "cor amarela" ou específica como melanose, criptorquidismo, etc.., a marcação será feita, tão somente, pelo uso de chapinhas numeradas "tipo 1 e 2" colocadas na carcaça (peito) e nos respectivos órgãos.

"LINHA F" - INSPEÇÃO DE RINS:

Fase preparatória
Libertar os rins da gordura peri-renal e da sua cápsula sem nunca desprendêlos da carcaça.

Técnica de Inspeção
a) retirar os rins da carcaça examinando-os visualmente, apalpando-o e apreciando a sua coloração, aspecto, volume e consistência, destinando-os, após, às bandejas específicas;
b) incisar, quando necessário, a gordura peri-renal, visando a pesquisa de estefanurose;
c) cortar o parênquima, se necessário, verificando o estado das camadas cortical e medular;
d) condenar os rins cujas causas de rejeição não determinem a apreensão da carcaça (congestão, quistos urinários, nefrite, infarto, estefanurose, etc..) e computar as condenações no quadro marcador próprio , transportando estes dados para a papeleta "modelo B4". No caso de lesões que possam ter relação patológica com a carcaça (peste suína, abscessos por Stefanurus spp, peritonite, etc..) deve-se proceder o exame sem retirar os rins, marcando-os com chapinhas vermelhas "tipo 1", e as carcaças e vísceras correspondentes, de interesse da Inspeção Final, com as chapinhas numéricas "tipo 2" enviando todo o conjunto à Inspeção Final.


"LINHA G" - INSPEÇÃO DE CÉREBRO:

Será obrigatoriamente realizado quando comercialize ou industrialize o cérebro.

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